Dia 29 de Agosto: Dia Nacional de Combate ao fumo
Para a campanha de combate ao fumo deste ano, o tema escolhido foi "quem não fuma não é obrigado a fumar". Segundo pesquisa Datafolha 88% dos brasileiros são contrários ao fumo em locais fechados, por isso o objetivo desse dia é estimular a sociedade para pressionar o Congresso Nacional pela modificação da Lei 9294/1996, que determina a implantação de áreas reservadas para fumantes em ambientes fechados.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de um quinto da população mundial é viciada em cigarro. Um terço é tabagista passivo – aquele que inala a fumaça em ambientes em que outros fumam, estando sujeito a desenvolver as mesmas doenças. A cada ano, morrem cinco milhões de pessoas por doenças relacionadas ao tabaco, sendo três milhões nos países desenvolvidos e o restante, nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
Segundo as estimativas da OMS para 2025, caso não exista um programa efetivo que diminua bruscamente o consumo, haverá um aumento de mortes: serão 11 milhões por ano.
Somente no Brasil, estima-se que cerca de 200.000 mortes/ano são decorrentes do tabagismo, que, além de ser responsável por mais de 90% dos casos de câncer de pulmão, também provoca aumento do risco de câncer da boca, cavidades nasais, laringe, faringe, esôfago, estômago, fígado, pâncreas, rim, bexiga, do colo do útero e leucemia mielóide aguda. O tabaco é o maior causador isolado de câncer, além de ser responsável por 30% das mortes por neoplasias. O risco de desenvolver algum tipo de doença cancerígena é de 4 a 15 vezes superior no fumante do que nas pessoas que nunca fumaram.
Segundo estudo publicado pelo Instituto Nacional do Câncer, INCA, além dos riscos para os fumantes, o tabagismo passivo é causa de doenças, inclusive câncer de pulmão e infarto, em não fumantes. Ainda segundo o referido estudo, mulheres e crianças são os grupos de maior risco na exposição passiva em ambiente doméstico. O tabagismo passivo se caracteriza pela inalação da fumaça de derivados do tabaco – cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça – por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados.
Fumantes passivos também sofrem com os efeitos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito). Outros efeitos do fumo passivo a médio e longo prazo são: a redução da capacidade funcional respiratória, aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
Especialistas sugerem algumas medidas que, se empregadas continuamente, podem ser muito úteis na luta contra o tabagismo:
– Ambiente livre de tabaco é uma boa forma de proteger o fumante passivo da exposição.
– Educar a população para controlar a alta prevalência e os seus malefícios é uma medida fundamental a médio e longo prazo.
– Esclarecimento freqüente na mídia, importante órgão de disseminação de informações e formador de opinião.
– Disseminar nas Unidades Públicas de Saúde programas de educação e conscientização sobre os malefícios do cigarro.