Seminário do peixe surpreende positivamente os organizadores

16 de junho de 20095 de julho de 2024 fecam 84 visualizações

       Representantes de associações, autoridades e agricultores de 14 municípios da região Extremo Oeste, marcaram presença no 1º Seminário Regional da Piscicultura, ocorrida na segunda-feira, 15 de junho, em Descanso. O evento aconteceu no Clube Sad e foi realizada através da secretaria municipal de Agricultura juntamente com a Epagri.
       O objetivo do seminário foi discutir a sustentabilidade com relação à produção do peixe. Na abertura das atividades, houve o pronunciamento das autoridades. O gerente regional da Epagri, João Carlos Biasebetti, destacou que a empresa tem desenvolvido vários projetos e ações com o Ministério da Aquicultura e Pesca. "A piscicultura tem uma importância em nossa região como fonte de renda para os nossos agricultores", comenta.
       O deputado estadual, Pedro Baldissera, ressaltou a aprovação da Assembléia Legislativa da Comissão de Aquicultura e Pesca. "A atividade tem uma promessa muito grande. Por isso precisamos de parcerias para que possamos implementar políticas que tragam resultados efetivos para este ramo ligado à agricultura", destaca.
       De acordo com o prefeito de Tunapólis, Enoi Sherer, que no ato representou todos os municípios pertencentes à região da Ameosc, é preciso criar hábitos para consumir peixe. "Não podemos comer peixe somente nos dias considerados santos pela igreja católica. Nesses dias deveríamos fazer jejum", fala.
       Para o secretário de Planejamento do Ministério da Aquicultura e Pesca, José Claudenor Vermohlen, o país criou uma relação covarde ao longo dos anos por não discutir o ponto de vista ambiental, econômico e social, que segundo ele, das águas é possível gerar renda e riqueza. "Quero parabenizar a administração deste município por puxar este processo de debate a nível regional. Hoje em dia não se pode pensar em ações isoladas por que um projeto regional deve ter seu começo, meio e fim. O desafio é amplo e vai desde a sua produção até a sua comercialização", salienta.
       Em seu pronunciamento, Sadi Inácio Bonamigo – prefeito de Descanso, iniciou fazendo um breve relato das principais ações que foram desenvolvidas pela administração municipal. "Descanso ganhou passos importantes desde o começo do ano. Tiramos o município da inadimplência, recuperamos o parque de máquinas, na saúde houve avanços importantes. Desenvolvemos o mutirão, envolvendo a população. Criamos o programa "Água Boa – Vida Saudável". A integração regional para nós é fator fundamental para o desenvolvimento do nosso município, por isso estamos desenvolvendo ações como, a Unidade Pronto Atendimento com mais 5 municípios, investimentos no Hospital da Fundação com parceria de Belmonte e Santa Helena, recuperação do rio Guamirin e rio Famoso com São Miguel do Oeste. A expo São Miguel e a Feira do Pêssego de Descanso, inclusive com a participação de outros municípios. Participamos também de vários campeonatos a nível regional proporcionando integração entre os atletas", observa.
       Sobre o seminário, diz que a piscicultura deve ser explorada na região. "Precisamos criar políticas de incentivos para atender a todos agricultores que queiram ter mais uma fonte de renda na sua propriedade", comenta Bonamigo.
       Na oportunidade, foi protocolado solicitação de recursos junto ao Ministério da Aquicultura e Pesca, para desenvolver programas que gerem desenvolvimentos da aquicultura familiar. Entre eles, o prefeito Bonamigo solicita programa de hora máquina e outras ações que venham a impulsionar a produção do peixe.

Palestras
O coordenador Nacional de Desenvolvimento da Aquicultura Familiar, Jackson Pinelli, relatou aos presentes a situação da piscicultura nacional. De acordo com ele, no mundo são produzidos 120 milhões de toneladas de peixe, sendo que o Brasil não chega a 1% desta produção. "Queremos em um curto espaço de tempo, atingir a marca de 10% da produção mundial. Digo isso, baseado por dois fatores: primeiro o Brasil chega a importar peixe; e em segundo quero dizer que no país se consome 7 kg de peixe per capita. A piscicultura tem espaço para crescer e muito", garante.

Já Osmar Tomazelli, representante da Epagri de Chapecó, abordou o tema "Potencialidade Regional da Viabilidade Técnica". Tomazelli, comentou que em 1986, a região oeste catarinense produzia 500 toneladas de peixe, atualmente ultrapassa 20 mil toneladas. "O mercado do peixe tende a expandir cada vez mais, contudo sabemos que temos que dar atenção especial em relação ao planejamento, a recria, controle de cultivos, etc…", orienta.

Depoimentos
Mauri Prochnow da Associação de produtores de peixe de Anchieta e Décio Ludwig de Descanso, repassaram experiências sobre a produção do peixe, levantando pontos fundamentais para que a atividade ganhe êxito nas propriedades.

Encaminhamentos
Logo após o debate ocorrido na plenária, ficou decidido que o secretário de Agricultura de Descanso, José Roque Roman, fará contato com todos os secretários de agricultura da região para que em conjunto se realize um diagnóstico e um projeto a nível regional, visando saber das necessidades de infra-estrutura, produção de alevinos, assistência técnica, comercialização e outros.

Municípios
Os municípios que tiveram representação foram: Mondaí, Iporã do Oeste, Tunapólis, Iatapiranga, Anchieta, Flor do Sertão, Iraceminha, Bandeirante, São Miguel do Oeste, Belmonte, Santa Helena, Chapecó, São José do Cedro e Guaraciaba.

Deonir Dalpias (Paulo Dim) – Assessoria de Comunicação da Prefeitura